Após o fim do funcionamento do sinal analógico, o Ministério das Comunicações estuda a implantação da TV 3.0 que representará um avanço significativo para o Brasil. A pasta alerta que ninguém ficará prejudicado, porque será de forma gradual. A nova tecnologia permitirá à população desfrutar de imagens com qualidade superior, som imersivo e recursos avançados de interatividade. Trata-se da televisão do futuro: mais moderna, inclusiva e conectada com as necessidades do cidadão brasileiro.

Nenhum cidadão precisará trocar de TV imediatamente. A implantação ocorrerá de forma gradual, seguindo um cronograma nacional estruturado. Será nos mesmos moldes da bem-sucedida transição do sinal analógico para o digital. O último dia do sinal analógico de TV em Patos de Minas aconteceu nessa segunda-feira (30). A partir de agora, na Capital do Milho, somente sinal digital.

A fase preparatória está prevista para ser concluída em 2025, com início das primeiras transmissões da TV 3.0 até a Copa do Mundo de 2026. A migração será escalonada, começando pelas grandes capitais, e haverá um período de convivência entre os sistemas atual e novo. Todo o processo deve levar entre 10 e 15 anos.

A estimativa de custo de R$ 400 para os conversores é prematura. Com a evolução do mercado e o aumento da escala de produção, os valores devem cair progressivamente, como ocorreu em transições tecnológicas anteriores. O governo federal está acompanhando de perto o desenvolvimento desses equipamentos com o objetivo de garantir acesso democrático e acessível à nova tecnologia.

Assim como em outras inovações tecnológicas, como rádio, telefonia móvel ou a própria TV digital, é natural que o acesso a novas funcionalidades exija, com o tempo, a atualização dos aparelhos. Esse é um processo global e faz parte do avanço tecnológico em todas as sociedades modernas.

Além da melhoria técnica, a TV 3.0 terá um papel estratégico na comunicação pública. A minuta do decreto que regulamenta o novo modelo prevê a criação da Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital, que permitirá, futuramente, o acesso a serviços públicos diretamente pela televisão, promovendo maior integração entre Estado e cidadão.

O Brasil será o primeiro país da América Latina e do BRICS a implantar a TV 3.0, reafirmando sua posição de liderança no desenvolvimento da televisão digital. Após o sucesso do padrão nipo-brasileiro ISDB-T — hoje adotado por diversos países —, o país dá mais um passo importante rumo à inovação tecnológica, à inclusão digital e ao fortalecimento da comunicação pública nacional.

Fonte: Ministério das Comunicações