Nesta sexta-feira (18), Sexta-Feira da Paixão, um homem de 47 anos foi preso em flagrante após descumprir medida protetiva, agredir sua ex-companheira e arrombar a porta da residência onde ela mora, no bairro Santo Antônio, em Patos de Minas. O crime aconteceu após ele chegar em casa embriagado.

De acordo com informações da Polícia Militar, o acusado já tinha histórico de violência contra a vítima. Na quinta-feira (17), ele teria estrangulado a vítima e danificado sua bicicleta, fugindo antes da chegada da polícia.

Na manhã desta sexta-feira (18), por volta das 7h30, ele retornou à casa da ex-companheira e, embriagado, arrombou a porta da frente e invadiu o imóvel, alegando que queria "comer". A vítima, que possui uma medida protetiva contra ele desde 2024 acionou a polícia imediatamente.

Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o acusado ainda dentro da casa, na cozinha, com sinais claros de embriaguez: fala desconexa, andar cambaleante, olhos avermelhados e hálito alcoólico. Ele afirmou que não permaneceria no local, apenas se alimentaria e iria embora.

No entanto, como a medida protetiva em vigor proíbe o acusado de se aproximar da vítima em um raio de 300 metros, os policiais deram voz de prisão ao acusado. Ele foi algemado e conduzido à delegacia para registro do crime.

O formulário de avaliação de risco preenchido pela vítima revelou que ele já havia cometido outras agressões físicas, incluindo socos, tapas e estrangulamento. Ela também relatou que o agressor faz uso abusivo de álcool e drogas, além de ter histórico de perseguição e controle sobre sua vida.

Apesar do medo, ela recusou abrigamento temporário, afirmando que não depende financeiramente do agressor. Ela, no entanto, reforçou a importância da medida protetiva para sua segurança e a de seu filho, de 16 anos, que presenciou parte das agressões.

Ele foi autuado por descumprimento de medida protetiva, violação de domicílio e dano qualificado. Ele permanecerá à disposição da Justiça, que deverá avaliar a manutenção da prisão preventiva devido ao seu histórico de reincidência e alta periculosidade.

O caso reforça a necessidade de fiscalização rigorosa das medidas protetivas e de políticas públicas eficazes no combate à violência doméstica, especialmente em situações onde o agressor insiste em descumprir as ordens judiciais.