A produção industrial brasileira apresentou queda em sete
dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), na
passagem de junho para julho. O Amazonas teve o maior recuo: -14,4%. A retração
em São Paulo (-2,9%) foi a segunda maior, mas a primeira em influência no
resultado, por conta do peso da indústria paulista na produção nacional. Os
resultados foram divulgados hoje (9), no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção industrial nacional caiu 1,3%, como divulgado
pelo IBGE na semana passada.
Para o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o mês de
julho demonstra, em primeiro plano, o retrato da indústria regional que já era
visto antes da pandemia. “Com o avanço da vacinação e uma maior circulação de
pessoas, a indústria começa a mostrar sua realidade pré-pandemia, mas com
condições que se acentuaram, como o desemprego e a inflação”, afirmou, em nota.
Cenário econômico
Citando os últimos resultados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), o pesquisador acrescentou que “o resultado da
indústria regional reflete o momento econômico demonstrado pelas demais
pesquisas do IBGE”.
Depois de quatro taxas positivas, a queda no Amazonas, em
julho, eliminou parte do crescimento de 18,6% acumulado entre março e junho.
“Dois setores muito influentes no estado tiveram baixo desempenho: bebidas e o
de outros equipamentos de transporte”, explicou Almeida.
Principal influência negativa e local com a segunda maior
queda absoluta, São Paulo registrou a segunda taxa negativa seguida, acumulando
em dois meses uma perda de 3,7%. “Essa queda de julho se refere muito ao setor
de veículos, o que mais se destacou negativamente, e, como já se sabe, um dos
maiores da indústria paulista”, disse o analista.
Pelo lado dos resultados positivos, a Bahia (6,7%) teve o
maior crescimento na produção e foi a segunda maior influência positiva,
impulsionada pelo setor de derivados do petróleo.
Nos últimos dois meses (junho-julho), a indústria baiana
acumula ganho de 20,6%. A primeira influência foi do Paraná (3,3%), resultado
puxado pelo setor de veículos e pelo de derivados do petróleo. Espírito Santo
(3,7%), Região Nordeste (3,4%), Pernambuco (2,5%), Ceará (1,5%), Mato Grosso
(1,1%) e Goiás (0,8%) registraram os demais resultados positivos regionais em
julho.
Fonte: Agência Brasil
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