O Tribunal do Júri condenou Ronaldo de Sousa Neto a 18 anos de prisão pelo assassinato da adolescente Kenia Fernanda dos Santos, de 15 anos. O crime aconteceu em outubro de 2002, na zona rural de Patos de Minas, quando o homem tinha 33 anos e “flertava” com a garota. Ronaldo ficou foragido desde a data do crime até janeiro deste ano, quando foi preso em Abadia dos Dourados.

Segundo a denúncia do Ministério Público, em junho de 2002, Ronaldo, que é natural de Monte Carmelo, se mudou para Arraial dos Afonsos, em Patos de Minas, para trabalhar em uma lavoura de café. Neste período, ele conheceu a adolescente e começou a flertar com ela. Com frequência eles iam em alguns bailes na região.

As investigações apontaram que, na noite do dia 12 de outubro, Ronaldo e Kenia saíram de motocicleta com destino a um baile no Povoado de Areado, em Patos de Minas. Na manhã do dia 13, eles retornavam do baile quando o homem entrou no meio da lavoura de café. No local, ele pegou uma corrente e matou a jovem asfixiada. Em seguida, ele fugiu deixando a motocicleta para trás. O corpo da garota só foi encontrado cinco dias após o desaparecimento, já em avançado estado de decomposição.


Ronaldo só foi preso no dia 10 de janeiro de 2025, quase 23 anos depois, quando a Polícia Militar de Meio Ambiente fazia uma fiscalização em uma fazenda em Abadia dos Dourados. Inicialmente o homem se apresentou com outro nome, mas os policiais suspeitaram e conseguiram descobrir que se tratava de Ronaldo.

Hoje com 56 anos, o homem foi levado a julgamento. Ele negou que tenha cometido o crime e, segundo o promotor Lucas Romão, afirmou que outro indivíduo que assassinou a garota. Ronaldo não conseguiu convencer os jurados, que formaram maioria pela sua condenação. Ele foi sentenciado a 18 anos de prisão, por homicídio qualificado por motivo fútil e com emprego de asfixia.