Nesta quinta-feira (14/8), em Belo Horizonte, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu um homem, de 47 anos, suspeito de aliciar crianças e adolescentes e produzir conteúdos de cunho sexual envolvendo menores de idade. No celular dele, os policiais encontraram diversos arquivos dessa natureza.

A ação policial decorre de apurações em curso na Divisão de Crimes Cibernéticos do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof), que começaram após a família de uma vítima de 11 anos, residente em São Paulo, identificar conteúdos suspeitos no celular da criança.

O caso foi inicialmente registrado na Polícia Civil paulista e encaminhado para a equipe especializada da PCMG na capital.

Modo de agir

Segundo as investigações da PCMG, o suspeito iniciava contato com as vítimas por meio de aplicativo de mensagem, pelo qual recebia perfis e conteúdos de crianças, e depois migrava para outras plataformas.

As apurações indicam que o homem interagia com vítimas de ambos os sexos, muitas vezes, se passando por adolescente para conquistar a confiança delas. Também utilizava jogos on-line e redes sociais para estabelecer vínculos antes de iniciar conversas de teor sexual.

Até o momento, foram identificadas pelo menos cinco vítimas, mas a análise do material apreendido poderá revelar mais casos. O investigado confessou os crimes e, em interrogatório, admitiu ter se relacionado com 13 crianças.

Histórico

O homem já possuía registros de boletins de ocorrência por assédio sexual,  tanto virtual quanto presencial, mas nunca havia sido preso. Ele poderá responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Penal, que incluem produção, armazenamento e compartilhamento de material sexual envolvendo menores, além de corrupção de menores e aliciamento.

“Mais uma vez, a Polícia Civil reafirma o seu trabalho incansável, 24 horas, para combater esses crimes. E o recado, claro, para os criminosos: nós não vamos permitir que essas atrocidades continuem acontecendo no nosso estado, até no nosso país”, destacou a chefe da Divisão, delegada Cristiana Angelini.

O delegado  Arthur Martins da Costa Benício, titular da 1ª Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos, unidade responsável pelo inquérito, acrescentou que o crime digital não tem fronteiras. “Nosso trabalho é incansável para identificar e prender esses criminosos”, reforçou.

O suspeito preso hoje foi detido em casa e, após os procedimentos policiais, encaminhado ao sistema prisional.

Fonte: Ascom PCMG