Conselheiros do Esporte Clube Mamoré aprovaram na noite desta segunda-feira (22) a venda de 80% de sua SAF - Sociedade Anônima de Futebol. A empresa que apresentou a proposta considerada mais vantajosa foi a BM9, do ex-jogador Bruno Mineiro. Ele propôs investir no mínimo R$ 10 milhões no clube em 10 anos.

A venda da SAF do Mamoré inclui apenas o departamento de futebol. Os bens do clube, como o Estádio Bernardo Rubinger de Queiroz, serão apenas cedidos em comodato. A empresa terá que arcar com todas as despesas, manter a estrutura funcionando e ainda fazer investimentos em melhoria, como a troca do gramado e construção de um centro de treinamento.

O contrato também prevê metas de desempenho esportivo. Além de ter que manter times das categorias de base sub15, sub17 e sub20, a equipe profissional também terá que ser competitiva. Dentro de três anos, o Mamoré deverá estar de volta à elite do futebol mineiro, caso contrário, a SAF perderá os investimentos feitos.

A previsão é de que a SAF aporte no mínimo R$ 500 mil já neste ano para fechar as contas do clube, R$ 1,5 milhão em 2026 e a partir daí R$ 1 milhão por ano. Mas a estimativa é de que os valores fiquem muito acima disso. Em caso de venda de jogadores, o Mamoré terá direito a 20%.

O presidente do Conselho Deliberativo do Mamoré, Paulo Ricardo Braga Maciel ( Cadim) explicou que as cláusulas do contrato ainda serão apresentadas e deverão passar por uma nova votação entre os conselheiros do clube. O presidente Marcelo Reis comemorou a aprovação da venda da SAF por ampla maioria (19 votos favoráveis, 3 contrários e 2 abstenções). Segundo ele, esta é a melhor saída para o Esporte Clube Mamoré.