O Tribunal do Júri condenou Evandro Oliveira do Amaral pelo assassinato do policial penal Yokanna de Jesus Marinho de Camargos, ocorrido no dia 06 de novembro de 2020. O julgamento aconteceu, nesta quinta-feira (05), no Fórum Olympio Borges, em Patos de Minas. A defesa do réu argumentou que ele agiu sob violenta emoção, quando ouviu o apelido que não gostava, e conseguiu convencer os jurados.

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia do crime, a vítima e um amigo foram até um bar, no bairro Nova Floresta, onde beberam e conversaram. A câmera de segurança flagrou que, alguns minutos depois, Evandro foi até o local, onde ficou por pouco tempo e saiu. Yokanaa percebeu que estava sendo “encarado” e comentou com o amigo. A vítima ainda teria contado piadas sobre um apelido que Evandro não gostava de ser chamado. O denunciado teria ouvido.

A câmera registrou que, minutos depois, Evandro voltou ao local, vestindo outras roupas, e desferiu um tapa na cabeça de Yokanaa que sacou de sua arma de fogo e perseguiu o acusado. Durante a perseguição, Evandro teria sacado uma arma de fogo e efetuado o primeiro disparo contra a vítima, que revidou. Houve uma troca de tiros no local, porém ninguém foi atingido.


Evandro continuou correndo da vítima e se escondeu em um lote vago. Yokanaa ficou parado por alguns segundos em frente ao local, momento que o acusado efetuou um disparo, que atingiu o pescoço da vítima. Em seguida, Evandro saiu do local. O SAMU foi acionado, porém Yokanaa não resistiu e faleceu.

O réu ficou foragido por quase um ano, até que foi preso em uma fazenda no município de João Pinheiro. Logo após, ele ficou preso por mais de dois anos, quando ganhou liberdade para aguardar o julgamento. Inicialmente, o tribunal se reuniu no mês de abril para julgar Evandro, porém ele alegou que não se sentia seguro com a Defensoria Pública e o julgamento foi remarcado para esta quinta-feira (05).

Evandro foi acusado por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A defesa argumentou que Evandro agiu sob violenta emoção, devido ao bullying e conseguiu convencer os jurados. Evandro foi condenado por homicídio privilegiado. Ele foi sentenciado a 6 anos e 11 meses, no regime semiaberto, e poderá recorrer em liberdade.