Uma mulher de 30 anos foi presa em flagrante na tarde dessa sexta-feira (24) sob a acusação de agredir a própria filha, uma criança de 10 anos, com tapas e chineladas. O caso, registrado como lesão corporal no contexto de violência doméstica, ocorreu em Partos de Minas.

De acordo com informações da Polícia Militar, a guarnição foi acionada para comparecer à escola, onde a criança estaria com hematomas pelo corpo. No local, os militares tomaram conhecimento de que a aluna já era acompanhada pela escola e pelo Conselho Tutelar devido a denúncias anteriores de maus-tratos.

Em depoimento, a menina contou que, na manhã de hoje, foi agredida pela mãe com tapas e chineladas nos braços e pernas porque estaria demorando para se arrumar para a escola. A criança também relatou que, no dia anterior, enquanto brincava com a irmã de dez meses, a bebê teria tombado e batido a cabeça no chão. A mãe, acreditando que ela havia jogado a irmã no chão, começou a xingá-la com palavras de baixo calão, como "desgraçada" e "filha da puta".

A vítima afirmou ainda que a mãe constantemente utiliza palavrões ao se dirigir a ela e que as agressões físicas são frequentes. A criança demonstrou visível medo de retornar para casa, afirmando que, se a mãe descobrisse que ela havia conversado com os militares, "poderia fazer algo ainda pior".

Ao ser localizada e interrogada, a mãe confirmou às autoridades que desferiu uma chinelada na filha no dia anterior, alegando que a menina teria jogado a irmã no chão. Ela também admitiu que, irritada porque a filha se recusava a fazer as tarefas escolares, arremessou o celular da criança na cama, danificando o aparelho. Sobre as agressões do dia atual, a mãe confirmou ter dado duas chineladas na filha porque ela não queria ir à escola.

Durante o atendimento, a criança apresentava lesões na lateral de ambas as pernas, próximas ao glúteo, e uma lesão no braço direito, algumas ainda com vermelhidão aparente. Diante dos fatos, a mãe foi conduzida à Delegacia de Plantão pelo crime de lesão corporal. A menor foi recolhida pelo Conselho Tutelar e encaminhada a um abrigo, onde permanecerá sob proteção. O caso segue sob análise das autoridades.