Nesta quarta-feira (21), um empresário de 35 anos foi preso em flagrante pela Polícia Militar de Patos de Minas (MG) acusado de perseguir sua ex-companheira. O caso revela uma série de condutas abusivas que se intensificaram após o término do relacionamento.
De acordo com informações da Polícia Militar, eles mantiveram uma união estável por seis anos e têm uma filha em comum. Após a separação, há aproximadamente dois anos, o empresário passou a perturbar a ex-companheira, impedindo-a de seguir com sua vida pessoal. Entre as condutas relatadas estão perseguições, criação de perfis falsos nas redes sociais e o uso de diversos números de telefone para contato, mesmo após ser bloqueado repetidamente.
A situação chegou ao extremo nesta quarta-feira, quando o investigado começou a enviar transferências PIX de um centavo para ela, utilizando o campo de mensagens para assediá-la psicologicamente. Nas mensagens, ele expressava desejar a morte dela, embora não fizesse ameaças diretas. A vítima, visivelmente abalada, compareceu a uma base comunitária de segurança para registrar a ocorrência. "Ela chegou chorando, dizendo que não aguentava mais", relato o policial que registrou a ocorrência.
A Polícia Militar localizou o acusado em seu local de trabalho e o prendeu em flagrante por perseguição, crime previsto na Lei Maria da Penha. Durante a prisão, o empresário afirmou que o relacionamento terminou após uma traição por parte dela e que ela ainda o procurava quando precisava de algo, dando-lhe esperanças de reconciliação. No entanto, a vítima negou essas alegações e destacou o histórico de violência psicológica e controle que sofria.
O formulário de avaliação de risco preenchido pela vítima apontou um cenário grave: O ex já havia demonstrado ciúme excessivo e controlava a vida da ex-companheira. Além disso, as agressões verbais e perseguições tornaram-se mais frequentes nos últimos meses. Apesar do risco, ela declarou não querer representar legalmente contra o agressor, mas aceitou o encaminhamento para medidas de proteção.
O caso foi encaminhado Delegacia de Polícia Civil de Patos de Minas, e ele permanece à disposição da Justiça. Esse tipo de perseguição, conhecida como "stalking", tem se tornado cada vez mais comum em casos de violência doméstica. A utilização de ferramentas digitais, como o PIX, para assediar vítimas mostra a necessidade de atualização das estratégias de combate a esses crimes. Autoridades reforçam a importância de denunciar comportamentos abusivos, mesmo que pareçam "inofensivos" inicialmente.
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