Dois homens de 43 anos e de 41 anos foram presos em flagrante na madrugada desta quarta-feira (22) suspeitos de furtar fios de cobre e um controle de guindaste de um canteiro de obras no município. Um deles se autolesionou para tentar incriminar os policiais.

Tudo começou na manhã de terça-feira (21), quando o engenheiro civil chegou à obra que supervisiona, localizada na Rua Antônio Manoel, no Bairro Juscelino Kubitschek, e encontrou o portão arrombado. Ao vistoriar o local, constatou o sumiço de aproximadamente 25 metros de fiação de cobre para ligação elétrica predial e de um controle de guindaste.

A vítima possuía imagens de câmeras de segurança que captaram o momento do ilícito. As filmagens foram repassadas à Polícia Militar, que, a partir das características físicas do indivíduo registrado, iniciou buscas na cidade. Os policiais suspeitaram do mais velho por suas características coincidirem com as do autor nas imagens e por seu histórico conhecido pela prática de crimes contra o patrimônio.

Durante os rastreamentos, os militares localizaram e abordaram acusado. Ele, no entanto, negou participação no crime e alegou que o mais novo seria o autor do furto. Ele contou à equipe que, ao se encontrar com o comparsa, este já transportava os fios dentro de um balde. Os dois teriam se separado depois, e o mais novo manifestou a intenção de queimar o material para revendê-lo.

A guarnição, então, deslocou-se até a casa do pai do homem de 41 anos. O genitor informou que o filho havia saído minutos antes e entregou aos policiais um "alicate turquesa" de cor vermelha que ele havia deixado para trás. O objeto foi mostrado à vítima, que o reconheceu como sendo de sua propriedade e que também havia sido furtado da obra.

Em continuidade às buscas, outra guarnição policial localizou e prendeu o homem de 41 anos na Rua Lenheiros. Ele vestia as mesmas roupas registradas nas imagens da câmera de segurança, incluindo o mesmo chapéu.

Após as prisões, a conduta dos acusados chamou a atenção. Inicialmente, o homem de 41 anos se recusou a prestar depoimento, dizendo que só falaria em audiência de custódia. Durante a condução à delegacia, ele então afirmou que declararia ter sido agredido por todos os policiais.

Diante da alegação, ambos os presos foram levados ao Pronto Socorro Municipal para exame de corpo de delito. O médico plantonista atestou que nenhum dos dois apresentava lesões aparentes.

No retorno à unidade policial, os militares constataram que ele havia se autolesionado, usando as próprias algemas para causar um pequeno corte no dedo mindinho da mão direita. "Com tom de deboche", relatou a PM, afirmou que iria "colocar a culpa nos policiais, alegando que tinham quebrado seu dedo".

Ele foi novamente conduzido ao hospital, onde o mesmo médico atestou o corte. Desta vez, o laudo confirmou a lesão, porém, o contexto e as declarações do próprio evidenciaram que a ferida foi autoinfligida.

Os dois acusados foram autuados em flagrante por furto e encaminhados à Delegacia de Plantão de Patos de Minas para as providências cabíveis. O alicate, identificado como produto do crime, e as fichas de atendimento médico foram recolhidos e anexados ao procedimento policial.