Ouvimos muitos “ismos” e “istas” nesses últimos anos, mas não me lembro de ouvir no meio deles “individualismo” ou “individualista”.
Como não surgimos de pequenas explosões, a maioria de nós já nasce inserida em uma pequena sociedade: a família.
Contrariando o chato do Émile Durkheim, a sociedade não deve se sobrepor ao indivíduo, mas sim ser uma ferramenta a serviço dos indivíduos, destinada a melhorar suas vidas – e não a silenciar suas vozes.
Quando a sociedade se impõe sobre o indivíduo e silencia vozes, na verdade, quem promove essa censura são os líderes que a controlam, utilizando o poder da influência e os privilégios que o dinheiro proporciona.
Portanto, você, indivíduo, deve refletir com seus próprios botões: a sociedade à qual você pertence está realmente te ajudando ou apenas te prejudicando?
A equação é simples: vários indivíduos fortes provavelmente constroem uma sociedade forte. O contrário até pode acontecer, mas é bem menos provável. Por outro lado, indivíduos fracos nunca formarão uma sociedade forte – será sempre uma sociedade frágil e poderá ser facilmente dominada. E essa dominação nem sempre vem de fora; pode surgir de dentro, por uma parcela barulhenta, mais organizada e com maior sede de poder que o restante.
A adolescência é o ápice de se perceber como indivíduo. É quando as ideias não batem, as vontades não são atendidas exatamente como o adolescente gostaria, e fica claro: se eu não aprender a me virar como indivíduo, não vou me dar bem nesta ou em qualquer outra sociedade. Por isso, preciso me tornar um indivíduo útil para outros indivíduos – afinal, é essa utilidade que garante a sobrevivência do "indivíduo aqui".
A sociedade deve ser uma ferramenta para o indivíduo e não deve anulá-lo. Ninguém quer passar o dia produzindo tudo o que precisa para sobreviver. Por isso, cada um deve fazer aquilo em que é bom, troca por dinheiro (aquele papelzinho mágico) e resolve suas necessidades – Portanto, no final das contas, a sociedade é um sistema que depende inteiramente do indivíduo.
Não estou dizendo que o indivíduo deve viver em um egoísmo absoluto, ignorando os outros ao seu redor. A principal função de uma regra é criar uma solução para um problema que já existe e a segunda, mas tão importante quanto a primeira é não atrapalhar nada que já esteja funcionando muito bem.
Quando as pessoas têm liberdade para perseguir seus objetivos e talentos, toda a sociedade sai ganhando. A história prova isso: são indivíduos, não comitês, que criam inovações e lideram mudanças significativas.
No final, o veredito é claro: o indivíduo é a base de tudo. Ele é o criador, o questionador e o motor do progresso. Sem ele, a sociedade não passa de um conceito vazio. Priorizar o indivíduo não é ignorar o coletivo, mas garantir que cada pessoa tenha espaço para criar, inovar e transformar. Porque, sejamos francos: quem realmente move o mundo são as pessoas – uma por vez.
Existem grandes chances de você ter lido este texto sozinho, de forma individual. O que, de certa forma, prova meu ponto.
Brincadeiras à parte, fico feliz e agradeço por ter lido até aqui. Concordando ou discordando, sinta-se à vontade para deixar sua opinião nos comentários. Ela será muito bem-vinda, independente de qual for, porque, no final, o texto inteiro celebra justamente isso: a sua opinião individual.