Muitos tem falado dessa tal de COP30 em Belém, mas, afinal do que se trata....
Em novembro de 2025, a COP30 (A COP 30 é a sigla para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) vai trazer para Belém, no Pará, uma das maiores discussões globais sobre mudanças climáticas.
O encontro vai reunir líderes mundiais, cientistas, ativistas e a sociedade civil para debater soluções urgentes para o aquecimento global. É aquela oportunidade rara em que todo mundo, teoricamente, se senta na mesma mesa para pensar no futuro do planeta… e não só na próxima eleição.... Você já deve estar imaginando quem vai faltar né?
O objetivo da COP sempre foi ambicioso: criar compromissos reais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento da Terra. O famoso Acordo de Paris, firmado na COP21 em 2015, estabeleceu a meta de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2 °C e, se possível, em 1,5 °C. Parece pouco? Pois saiba que meio grau pode significar a diferença entre ter um verão quente ou viver um capítulo de filme pós-apocalíptico.
Mas essa história não começou ontem. Em 1992, a Eco-92 no Rio de Janeiro foi um marco: ali nasceu a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, um tratado que deu origem às COPs. A primeira reunião, em 1995, em Berlim, foi mais tímida, mas abriu caminho para debates mais intensos. E, se a gente voltar ainda mais, a Conferência de Estocolmo, em 1972, foi a primeira grande tentativa de convencer o mundo de que destruir o meio ambiente não é exatamente um bom plano de longo prazo.
De lá para cá, vimos avanços, retrocessos e acordos que, às vezes, parecem mais cartas de intenções do que compromissos firmes. O lado bom é que a pressão popular e a ciência vêm empurrando esses encontros para resultados mais concretos. Só que, enquanto os líderes discutem cortes de emissões, muitos países ainda subsidiam fortemente combustíveis fósseis. É como se estivessem tentando apagar um incêndio com gasolina, e achar que vai dar certo.
Vejo na COP não só um espaço diplomático, mas também uma oportunidade de levar a educação ambiental para o centro das decisões políticas. Porque, no fim das contas, o clima não é uma pauta “de ambientalista” ou “de cientista”, é uma questão que afeta todos nós: de quem planta para comer até quem acha que a Amazônia é “o pulmão do mundo” (spoiler: não é bem assim). E, se não agirmos agora, não vai ter “COP40” que resolva.
Espera-se que os países participantes da COP30 apresentem novas Contribuições Nacionalmente Determinadas, alinhadas com os objetivos do Acordo de Paris, além de traçarem estratégias para triplicar o financiamento climático até 2035, uma meta ambiciosa, considerando os atuais US$ 300 bilhões anuais.
O evento também pretende impulsionar uma transição energética justa, fortalecendo o uso de energias renováveis e aproveitando o cenário simbólico da Amazônia para destacar a conservação da biodiversidade, a valorização dos povos indígenas e a promoção da equidade social. Outro ponto importante é a expectativa de avanços na questão climática global, com a criação de mecanismos que tornem mais efetiva a implementação dos compromissos firmados entre os países.
Pode acreditar, a questão ambiental não é mimimi